A tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. São muito úteis para se preverem as características e tendências dos átomos. Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes. Permite prever propriedades como eletronegatividade, raio iônico, energia de ionização.
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História da Tabela
A tabela periódica consiste num ordenamento dos elementos
conhecidos de acordo com as suas propriedades físicas e químicas, em que os
elementos que apresentam as propriedades semelhantes são dispostos em colunas. Este
ordenamento foi proposto pelo químico russo Dmitri Mendeleiev , substituindo o
ordenamento pela massa atômica. Ele publicou a tabela periódica em seu livro
Princípios da Química em 1869, época em que eram conhecidos apenas cerca de 60
elementos químicos.
Em 1789, Antoine Lavoisier publicou uma lista de 33
elementos químicos. Embora Lavoisier tenha agrupado os elementos em gáses,
metais, não-metais e terras, os químicos passaram o século seguinte à procura
de um esquema de construção mais precisa. Em 1829, Johann Wolfgang Döbereiner
observou que muitos dos elementos poderiam ser agrupados em tríades (grupos de
três) com base em suas propriedades químicas. Lítio, sódio e potássio, por
exemplo, foram agrupados como sendo metais suaves e reativos. Döbereiner
observou também que, quando organizados por peso atômico, o segundo membro de
cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro e do terceiro. Isso ficou
conhecido como a lei das tríades. O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com
esse sistema e por volta de 1843 ele tinha identificado dez tríades, três
grupos de quatro, e um grupo de cinco. Jean Baptiste Dumas publicou um trabalho
em 1857 descrevendo as relações entre os diversos grupos de metais. Embora
houvesse diversos químicos capazes de identificar relações entre pequenos
grupos de elementos, não havia ainda um esquema capaz de abranger todos eles.
O químico alemão August Kekulé havia observado em 1858 que o
carbono tem uma tendência de ligar-se a outros elementos em uma proporção de um
para quatro. O metano, por exemplo, tem um átomo de carbono e quatro átomos de
hidrogênio. Este conceito tornou-se conhecido como valência. Em 1864, o também
químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos
conhecidos organizados pela valência. A tabela revelava que os elementos com
propriedades semelhantes frequentemente partilhavam a mesma valência.
O químico inglês John Newlands publicou uma série de
trabalhos em 1864 e 1865 que descreviam sua tentativa de classificar os
elementos: quando listados em ordem crescente de peso atômico, semelhantes
propriedades físicas e químicas retornavam em intervalos de oito, que ele
comparou a oitavas de músicas. Esta lei das oitavas, no entanto, foi ridicularizada
por seus contemporâneos.
professor de química russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev e
Julius Lothar Meyer publicaram de forma independente as suas tabelas periódicas
em 1869 e 1870, respectivamente. Ambos construíram suas tabelas de forma
semelhante: listando os elementos de uma linha ou coluna em ordem de peso
atômico e iniciando uma nova linha ou coluna quando as características dos
elementos começavam a se repetir.[6] O sucesso da tabela de Mendeleiev surgiu a
partir de duas decisões que ele tomou: a primeira foi a de deixar lacunas na
tabela quando parecia que o elemento correspondente ainda não tinha sido
descoberto. Mendeleiev não fora o primeiro químico a fazê-lo, mas ele deu um
passo adiante ao usar as tendências em sua tabela periódica para predizer as
propriedades desses elementos em falta, como o gálio e o germânio. A segunda
decisão foi ocasionalmente ignorar a ordem sugerida pelos pesos atômicos e
alternar elementos adjacentes, tais como o cobalto e o níquel, para melhor
classificá-los em famílias químicas. Com o desenvolvimento das teorias de
estrutura atômica, tornou-se aparente que Mendeleev tinha, inadvertidamente,
listado os elementos por ordem crescente de número atômico.
Com o desenvolvimento das modernas teorias mecânica
quânticas de configuração de eletrons dentro de átomos, ficou evidente que cada
linha (ou período) na tabela correspondia ao preenchimento de um nível quântico
de elétrons. Na tabela original de Mendeleiev, cada período tinha o mesmo
comprimento. No entanto, porque os átomos maiores têm sub-níveis, tabelas
modernas têm períodos cada vez mais longos na parte de baixo da tabela.
Em 1913, através do trabalho do físico inglês Henry G. J.
Moseley, que mediu as frequências de linhas espectrais específicas de raios X
de um número de 40 elementos contra a carga do núcleo (Z), pôde-se identificar
algumas inversões na ordem correta da tabela periódica, sendo, portanto, o
primeiro dos trabalhos experimentais a ratificar o modelo atômico de Bohr. O
trabalho de Moseley serviu para dirimir um erro em que a Química se encontrava
na época por desconhecimento: até então os elementos eram ordenados pela massa
atômica e não pelo número atômico.
Nos anos que se seguiram após a publicação da tabela
periódica de Mendeleiev, as lacunas que ele deixou foram preenchidas quando os
químicos descobriram mais elementos químicos. O último elemento de ocorrência
natural a ser descoberto foi o frâncio (referido por Mendeleiev como eka-césio)
em 1939. A
tabela periódica também cresceu com a adição de elementos sintéticos e
transurânicos. O primeiro elemento transurânico a ser descoberto foi o netúnio,
que foi formado pelo bombardeamento de urânio com nêutrons num ciclotron em
1939.
Períodos
Os elementos de um mesmo período têm o mesmo número de
camadas eletrônicas, que corresponde ao número do período. Os elementos
conhecidos até o cobre tem sete períodos, denominados conforme a sequência de
letras K-Q, ou também de acordo com o número quântico principal- n.
São eles:
(1ª) camada K - n = 2s
(2ª) Camada L - n = 8s
(3ª) Camada M - n = 18s
(4ª) Camada N - n = 32s
(5ª) Camada O - n = 32s
(6ª) Camada P - n = 18s
(7ª) Camada Q - n = 2 à 8s
Grupos
Antigamente, chamavam-se "famílias". Os elementos
do mesmo grupo têm o mesmo número de elétrons na camada de valência (camada
mais externa). Assim, os elementos do mesmo grupo possuem comportamento químico
semelhante. Existem 18 grupos sendo que o elemento químico hidrogênio é o único
que não se enquadra em nenhuma família e está localizado em sua posição apenas
por ter número atômico igual a 1, isto é, como tem apenas um elétron na última
camada, foi colocado no Grupo 1, mesmo sem ser um metal.Na tabela os grupos são
as linhas verticais (de cima para baixo)
Classificações dos elementos
Dentro da tabela periódica, os elementos químicos também
podem ser classificados em conjuntos, chamados de séries químicas, de acordo
com sua configuração eletrônica:
* Elementos representativos: pertencentes aos grupos 1, 2 e
dos grupos de 13 a
17.
* Elementos (ou metais) de transição: pertencentes aos
grupos de 3 a
12.
* Elementos (ou metais) de transição interna: pertencentes
às séries dos lantanídios e dos actinídios.
* Gases nobres: pertencentes ao grupo 18.
Além disso, podem ser classificados de acordo com suas
propriedades físicas nos grupos a seguir:
* Metais;
* Semimetais ou metalóides (termo não mais usado pela IUPAC:
os elementos desse grupo distribuíram-se entre os metais e os ametais);
* Ametais (ou não-metais);
* Gases nobres;
* Hidrogênio.
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